Quem somos?

Um grupo de estudantes do curso de Licenciatura em Matemática no IF Fluminense, que criou este blog com o intuito de "divulgar" postagens baseadas na matéria "Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem", que é lecionada pelo professor Luiz Cláudio Abreu.

sábado, 18 de setembro de 2010

The Kaspar Hauser's Enigma (O Enigma de Kaspar Hauser)

  É um filme que conta a história de Kaspar Hauser. Ao nascer, Kaspar foi abandonado na porta da casa de um desconhecido. Acolhido, ele foi criado em um celeiro durante sua vida, sem qualquer contato com o mundo ou com pessoas. Sua única companhia era um cavalinho de brinquedo. Suas refeições eram pedaços de pão e uma caneca com água, que eram deixados ao seu lado enquanto ele dormia. Porém sua vida mudou quando o homem que o criou resolveu tirá-lo do aprisionamento.
  Kaspar, como não teve contato com o mundo e com a Sociedade, não sabia ler, escrever, falar e nem andar. Ele era como uma criança, mesmo já tendo crescido. Porém, ele não foi privado da sua faculdade mental. Antes de ser "liberado" do cativeiro, ele aprendeu a escrever o próprio nome, sem saber o que significava. Seu "pai", o homem que o criou, levou-o para um gramado e ensinou-o a andar. Depois de aprender isso, Kaspar foi levado à cidade de Nuremberg e abandonado em uma praça, com uma carta na mão esquerda, explicando sua história até o momento, e um chapéu e um livro de orações na mão direita.
  
The Kaspar Hauser's Enigma




  A partir deste momento, Kaspar é levado pelos moradores da cidade e começa a ser tratado como um anormal. É "hospedado" em um quarto, onde passa a ser observado. E, como qualquer pessoa no seu início de vida, pois é isso que Kaspar passa a ter, ele aprende a falar, a andar, a escrever. Ele começa a desenvolver o pensamento, através da linguagem.
  Kaspar morre assassinado, com uma facada no peito. Após a sua morte, médicos realizaram uma autópsia em seu corpo e descobriram que a parte direita do seu cérebro era mais desenvolvida que a esquerda, já que a fala e a linguagem, dominadas pelo lado esquerdo do cérebro, demoraram a se desenvolve.
  Nesse filme podemos ver a psicologia de Piaget, que diz que o desenvolvimento da mente humana depende da interação com o meio em que vive. E isso aconteceu com o Kaspar Hauser, que só começou a desenvolver sua mente depois que passou a interagir com as pessoas e com o mundo.

  Obs.: Tentei colocar um vídeo mostrando a parte do filme em que ele é abandonado na praça da cidade de Nuremberg, mas não foi possível. Por isso, se você quiser ver o vídeo, clique aqui.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Jung – A visão da psicologia analítica

   Carl C. Jung é um dos teóricos da chamada psicologia psicodinâmica. Como se vê as teorias psicodinâmicas se divide em duas partes, a psicanálise de Freud e a psicologia analítica de Jung. Mas nesta postagem trabalharemos apenas a psicologia analítica de Jung já que já trabalhamos os conceitos da psicanálise anteriormente.
   Jung trabalhou seis anos de sua vida ao lado de Freud dedicando-se aos estudos mais profundos das sombrias regiões das condições neuróticas. Seu laço com Freud terminou quando Jung começou a discordar de algumas teorias de Freud. como a teoria que a  psicanálise apresenta onde o aparelho psíquico éformado apenas por consciente e inconsciente porem, para Jung a divisão do aparelho psíquico consiste em consciente, inconsciente individual e inconsciente coletivo.
   Jung foi um psicólogo neoplatônico, considerava que os arquétipos e complexos nasciam e se desenvolviam conosco ao decorrer da vida. Dizia que o incosciente era formado por vários destes complexos e que os mesmos poderiam ser invadidos por outros complexos. Mas, o que são complexos e arquétipos? Complexos são concentrações de energia e arquétipos são os núcleos dos complexos.
  Jung estudando fenômenos ocultos que ele observou em uma de suas primas, descobriu estes chamados “complexos” e seus “arquétipos”. Na mesma época se ocupou com a psicose e a esquizofrenia, que são consideradas distúrbios mentais ligados a estas descobertas. A demência precoce, que foi descrita em seu livro Dementia Praecoce e que hoje é chamada de esquizofrenia, por exemplo, é causada, segundo ele, pelo desligamento do consciente e pode ser diagnosticada através da anaminése, que é um processo similar a uma entrevista, o diagnóstico é eficaz porque um paciente com demência não possui ciência de espaço nem do tempo.

sábado, 4 de setembro de 2010

Vygotsky e o Sócio-construtivismo

   O principal projeto de Vygotsky estava voltado a tentar estudar os processos de transformação do desenvolvimento humano filogeneticamente, histórico-socialmente e ontogeneticamente focando-se, portanto, no estudo das funções psicológicas superiores como o controle consciente do comportamento, atenção e outros.
   No final da década de 20, início da década de 30, Vygotsky fez algumas reflexões sobre a educação e seu papel no desenvolvimento humano; para tanto se dedicou ao estudo da aprendizagem e desenvolvimento infantil. É importante ressaltar que Vygotsky apenas recorre à infância como uma base para explicar o comportamento humano no geral.
   As teorias vygotskyanas baseassem nas teorias behavioristas que relatam que o homem é objeto do meio onde é inserido, porém, o conceito utilizado para definir o comportamento em sua época era o de natureza humana, onde esta era responsável pelas atitudes e atos do homem e que ela já nascia com o mesmo Vygotsky não acreditava na existência de uma natureza, mas na idéia de que havia uma condição humana. Outros pensadores como Karl Marx e F. Engels influenciaram-no com a idéia de que o homem é historicamente datado, ou seja, ele é fruto do período em que vive.
   Para Vygotsky o homem nasce com algo chamado bios. Este elemento traz consigo apenas a potencialidade humana que no decorrer da convivência com outros humanos poderá se desenvolver. Assim dizendo, o homem nasce apenas com processos psicológicos elementares (a mentalidade animal) e passa a desenvolver os processos psicológicos superiores (mentalidade humana) à medida que se relaciona com o biológico e a cultura e somente essa interação biológico/ cultura possibilitará a formação do homem.
   Para Vygotsky o homem nasce com algo chamado bios. Este elemento traz consigo apenas a potencialidade humana que no decorrer da convivência com outros humanos poderá se desenvolver. Assim dizendo, o homem nasce apenas com processos psicológicos elementares (a mentalidade animal) e passa a desenvolver os processos psicológicos superiores (mentalidade humana) à medida que se relaciona com o biológico e a cultura e somente essa interação biológico/ cultura possibilitará a formação do homem.
   Exemplificando teríamos um bebê que está aprendendo a falar. Primeiro ele ouve a mãe falando (estimulo externo), depois ele incorpora a fala (internalização da cultura) para por fim falar (externalização). O processo de internalização se dá por instrumentos de mediação chamados signos (representação da realidade) e instrumentos (modificação da natureza). Deste fato vem à expressão “a carne se faz verbo" onde não nascemos humanos, construímo-nos humanos incorporando algo externo.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Se Liga Então, Tá na Hora da Revisão

02/08/10
  à Introdução:
Ψ Pré-Científica - discutiam o homem:
       A) Sócrates - "Só sei que nada sei";
       B) Platão - existe o mundo das essências e o mundo das existências;
       C) Aristóteles - o Homem nasce como uma tábula rasa;
       > Na Idade Média, mais dois pensadores discutiram o Homem: Santo Agostinho, no século V, e São Tomés de Aquino, no século XII.
       > Na Idade Moderna (século XV ao século XVIII), René Descartes diz que o Homem é um ser dual - mente e corpo;
        > Surge na Inglaterra os empiristas, que discordam de Descartes;
        > No século XIX, surge Immanuel Kant, que discorda de Descartes e dos empiristas, criando uma nova concepção de Homem;
        > No século XIX começa o desenvolvimento da Ψ Científica;

09/08/10
Ψ Científica - Wundt tenta estabelecer uma relação entre corpo e mente. Seu objeto de estudo era a mente e cria o método da Introspecção.
        > Surge as Escolas da Psicologia:
          A) Ψ Estruturalista - criada nos EUA, por Edward Titehenei. O objeto de estudo era a mente;
          B) Ψ Funcionalista - criada também nos EUA, por William James e John Dewey. O objeto de estudo continuou sendo a mente;
        > Surge o movimento Positivista, que diz que para ser ciência, deveria ser mensurável.
          C) Ψ Behaviorista - surgiu nos EUA, e foi criada por John Watson. O objeto de estudo passou a ser o comportamento humano;
          D) Ψ de Gestalt - criada na Alemanha, por Max Wertheimer, Kurk Koffka e Wolfany Kölher. Objeto de estudo voltou a ser a mente;
          E) Psicanálise - criada na Áustria, por Sigmund Freud. Objeto de estudo passou a ser o Inconsciente, uma parte da mente;
           F) Ψ Cognitiva - criada em 1956, foi a sexta corrente. O objeto de estudo passou a ser o Consciente, a outra parte da mente;
  Existem seis Ciências Cognitivas:


  à Desenvolvimento:
     - Teorias do Desenvolvimento:
       A) Psicodinâmicas:
          > Psicanálise: Criada por Sigmund Freud. Estuda o Inconsciente. Diz que o desenvolvimento é dividido em quatro partes: Oral, Anal, Fálica e Genital.

16/08/10
                 Ψ Analítica: Criada por Carl G. Jung. Afirmava que existiam dois Inconscientes: o Individual e o Coletivo. Foi Jung que criou o termo Complexo, que significa Concentração de Energia.

23/08/10
       B) Psicogenéticas:
               > Construtivista: Criada por Jean Piaget. Dizia que a mente já nascia com o homem. Essa mente era chamada de Esquema Mental, que vão ganhando maturidade com o tempo.
                  Ele explicou também a questão da Equilibração. Em cada fase (Sensório-Motor, Pré-Operatório, Operatório Concreto e Operatório Formal), a Equilibração é diferente.



OBS.: Ainda existem mais duas teorias, a Psicogenética Sócio-Construtivista e a Psicossocial, que serão explicadas nas próximas postagens.

O Construtivismo de Jean Piaget

  O Construtivismo foi a primeira Teoria Psicogenética, criada por Jean Piaget. Piaget dizia que a mente é inativa ao homem, nascendo junto com este. E ele chamava essa mente de Estrutura Cognitiva ou, ainda, Esquemas Mentais.
  Toda o desenvolvimento da criança é composta com quatro fases: a Sensório-Motor, a Pré-Operatório, a Operatório Concreta e a Operatório Formal. No início de sua vida, a criança está na fase Sensório-Motor. Seu único Esquema Mental são os Reflexos.
  À medida que o tempo passa, os Esquemas Mentais vão se maturando, até que a criança alcança a fase Operatório Formal, já na adolescência. Mas, para ter essa maturação, o sujeito precisa interagir com o meio em que vive. Essa é uma das diferenças entre a Teoria Behaviorista e as Teorias Psicogenéticas.
  Outro termo utilizado no Construtivismo é o da Equilibração. Durante toda a nossa vida, nós procuramos o equilíbrio. Quando estamos com fome, por exemplo, nos alimentamos para encontrar o equilíbrio. Mas, para encontrar o equilíbrio, o homem passa por dois sub-processos:
    1- Assimilação à É quando acontece a incorporação do objeto de equilíbrio à mente;
    2- Acomodação à Logo após incorporar o objeto, a mente precisa ser reorganizada, reestruturada.
  Essa Equilibração é diferente em cada fase da infância, como vemos a seguir:
à Sensório-Motor: nessa fase, dos 0 aos 2 anos, a criança só tem o Reflexo como Esquema Mental. Porém, os Reflexos estão desorganizados. E, nessa fase, acontece uma Revolução Copernicana, uma modificação enorme.
   A primeira Inteligência da criança é a Cinestésica, onde a criança desenvolve os movimentos musculares.
  O rompimento da fase Sensório-Motor para a fase Pré-Operatório acontece quando a criança desenvolve a linguagem;
à Pré-Operatório: Piaget chama de primeira infância. É a fase dos 2 aos 7 anos. O que diferencia esta da fase anterior é o desenvolvimento da linguagem.
  Com o surgimento da fala, aparece também o pensamento. E, com isso, a criança consegue "planejar" suas ações, através do pensamento.
  As crianças dessa fase tem a ideia de um mundo da mesma forma que elas veem, diferente do mundo real. E aí que surge o Animismo, com seres e objetos, que são inanimados, "ganhando" vida;
à Operatório Concreto: período da segunda infância, dos 7 aos 12 anos. É caracterizada pela Reversibilidade. A criança passa a ter um pensamento mais Racional, mas sem muita abstração;
à Operatório Formal: período da adolescência, tem início aos 12 anos. Tem o pensamento hipotético-dedutivo e adquire capacidade de argumentar.
  O adolescente apresenta o Egocentrismo Intelectual, em que ele acha que é o centro do conhecimento.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O Fundador da Teoria Psicogenética Construtivista: Jean Piaget


 "Quando aprendemos alguma coisa, nos tornamos outra pessoa" - Jean Piaget 


  Jean Piaget nasceu na Suíça, em 1896. Seu pai era professor universitário.
  Piaget foi um menino prodígio. Se interessou cedo por História Natural e, com 11 anos, publicou seu primeiro trabalho, sobre um pássaro. Em 1918, com 22 anos, recebeu seu doutorado.
  Logo depois, mudou de cidade e passou a trabalhar como psicólogo experimental. Recebeu aulas de Carl Jung, o que influenciou em seu trabalho. Ele passou a combinar a psicologia experimental, que é um estudo mais formal, com métodos informais, como entrevistas e análises.
  Em 1919, trabalhou com Alfred Binet, um psicólogo infantil. Nesse ano, ele começou os estudos sobre a mente das crianças. Em 1921, passou a analisar as crianças e registrar as suas palavras, ações e processos de raciocínio delas. Se casou em 1923 e teve três filhas. Suas teorias foram, em grande parte, baseadas em estudos e observações de suas próprias filhas.
  Durante sua vida, Piaget escreveu mais de setenta e cinco livros e centenas de trabalhos científicos. Ele lecionou em diversas universidades européias e chegou a fundar o CIEG (Centro Internacional de Epistemologia Genética).
  Jean Piaget em 1980.  


  No link abaixo, é possível saber mais detalhadamente a história dele e seus pensamentos:
  Jean Piaget - Fases do Desenvolvimento


sábado, 21 de agosto de 2010

A "Descoberta" dos Sonhos

"O sonho é a estrada real que conduz ao inconsciente" - Freud

  Em 1897, Freud inicia a monumental tarefa de auto-análise. Durante vários anos, ele teve algumas dificuldades neuróticas e diagnosticou sua condição como neurose da ansiedade, que atribuiu ao acúmulo de tensão sexual. Nessa época, Freud passou por um intenso tumulto interior, mas foi um doa seus períodos de mais criatividade. Ele se propôs a tarefa de auto-análise como um recurso para melhor compreender a si mesmo e aos seus pacientes, e para essa melhor compreensão, utilizou o método da análise de sonhos.
  Ao observar seus pacientes, Freud descobre que esses poderia ser uma rica fonte de material emocional significativo. Os sonhos com frequência continham indícios que levavam às causas subjacentes de um distúbio. Devido à sua crença positivista de que tudo tinha uma causa, ele achou que os eventos de um sonho não poderiam ser completamente sem sentido, mas resultar de algum elemento presente no inconsciente.
  Percebendo que não podia analisar a si mesmo com a técnica da livre associação (pois era difícil assumir os papéis de paciente e terapeuta ao mesmo tempo), Freud decidiu analisar seus sonhos. Ao despertar toda manhã, ele anotava o material onírico da noite e fazia livres associações com ele. Essa auto-análise durou uns dois anos, culminando com a publicação de "A Interpretação dos Sonhos".

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

A Psicanálise de Sigmund Freud

"A psicanálise é criação minha; durante dez anos, fui a única pessoa que se interessou por ela... Ninguém pode saber melhor do que eu o que é a psicanálise" (Freud, 1914, p.7)

  Desde o começo, a psicanálise era separada e distinta do pensamento psicológico principal em termos de abjetivos, obejeto de estudo e métodos. Seu objeto de estudo é o comportamento anormal, que fora relativamente negligenciado pelas outras escolas de pensamento, seu método primário é a observação clínica, e não a experimentação laboratorial controlada. Do mesmo modo, a psicanálise está voltada para o inconsciente, um tópico virtualmente ignorado pelos outros sistemas de pensamento.
  O movimento psicanalítico que Freud desenvolveu tem íntimas relações com a sua própria vida e é, em larga medida, autobiográfico. Em consequência, conhecer a história de sua vida é fundamental para a compreensão do seu sistema.
  Quando jovem, Freud sentia medo e amor pelo pai e sua mão era protetora e amorosa, e ele tinha por ela um apego apaixonado. Esse medo do pai e a atração sexual pela mãe formam o que Freud mais tarde denominou Complexo de Édipo.
  Em 1895 juntamente com Breuer, Freus publica Estudos Sobre Histeria, considerado por muitos o marco do início formal da psicanálise. Para Freud a única causa dessa neurose era o sexo, e apesar do grande sucesso da obra, recebeu algumas críticas negativas, depois disso, modifica sua teoria da sedução porque percebeu que se essa fosse verdade, todos os pais, incluindo o seu, seriam culpados se atos perversos contra os filhos.
  No mesmo ano em que decidiu abandonar o sexo, Freud começa a estudar os sonhos e emprega o método da análise de sonhos, e chega a conclusão de que os sonhos resultam de algum elemento presente no inconscinte. A partir desse estudo, publica A Interpretação dos Sonhos.
  A partir da primeira década do século XX, a situação pessoal e profissional de Freud teve uma pronunciada melhoria.
  Por tudo, o termo psicanálise e o nome Sigmund Freud são reconhecidos em todo o mundo e mesmo depois de mais de quarenta anos de sua morte, Freud continua a ter uma popularidade entre o público leigo.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Consciência, Inconsciência e Ego

  Para entender melhor os estudos do mapa da alma de Jung que iremos trabalhar nos próximos textos, precisamos entender os conceitos de consciência, inconsciência e ego na visão deste grande psicólogo. Devemos saber que apesar de Jung estar interessado em se aprofundar no que estava abaixo da consciência, ele precisaria trabalhar estes conceitos para que então pudesse traçar um mapa da psique humana.
  Em um de seus livros Jung descreve o "ego" por "aquele fator complexo com o qual todos os conteúdos conscientes se relacionam. É este fator que constitui, por assim dizer, o centro do campo da consciência, e dado que este campo inclui também a personalidade empírica, o ego é o sujeito de todos os atos conscientes da pessoa." é importante observar que quando Jung fala sobre personalidade empírica ele retrata nossa personalidade tal como conhecemos e vivenciamos.
  Mas qual seria a função do ego na psique? Sobre isso Jung diz: “A relação de qualquer conteúdo psíquico com o ego funciona como critério para saber se este último é consciente, pois não há conteúdo consciente que não se tenha apresentado antes do sujeito." Ou seja, o ego é um "sujeito" a quem os conteúdos psíquicos são "apresentados".
  No que diz respeito à consciência e inconsciência, ele descreve a consciência com o que conhecemos e inconsciência com aquilo que ignoramos. Para aprofundando mais esta idéia, ele diz: "O inconsciente não se identifica simplesmente com o desconhecido; é antes o psíquico desconhecido, ou seja, tudo aquilo que presumivelmente não se distinguiria dos conteúdos psíquicos conhecidos, quando chegasse à consciência." Cientes destes três conceitos, poderemos dar continuidade a nossos estudo sobre o mapa da alma e acrescentar novos conceitos nos textos seguintes.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Fundadores das Teorias do Desenvolvimento: Carl G. Jung

"Quem olha para fora, sonha e quem olha para dentro, acorda." - Carl G. Jung

  Carl Gustav Jung nasceu em 1875, na Suíça. Seu pai era um pastor protestante, o que ajudou a aguçar o seu pensamento acerca a espiritualidade. Ele se interessou bastante pelos trabalhos de Sigmund Freud e, ao escrever um de seus primeiros trabalhos, "Dementia Praecoce (Demência Precoce, em português), enviou uma cópia a Freud, que se encantou pelo que viu e quis conhecer Jung.
  Eles passaram a trabalhar juntos. Essa relação durou 8 anos, até que, em 1912, as ideias divergentes fizeram eles se separarem. Jung não aceitava as potentes influências que Freud atribuía aos tramas sexuais e Freud não acreditava nos fenômenos espirituais como fonte de estudo. Jung, então, passou a se dedicar ao seu estudo e criou uma nova teoria de psicologia (apartir de agora, usaremos a letra grega psiquê Ψ para representar a palavra Psicologia): a Ψ Analítica.
  Jung dizia que o método para identificar uma doença psiquiátrica deveria ser através do diálogo com o paciente, usando a associação de palavras. Quando o paciente apresenta algum distúrbio psicológico, ele acaba "derrapando" em parte da conversa.
  Jung destacou-se no uso de técnicas de estudo de desenhos e sonhos. Ele se dedicou também ao estudo do Inconsciente, a parte da mente que nós não temos acesso. Seus estudos viraram tema pra um de seus livros, "A Psicologia do Inconsciente".
  Jung publicou dezenas de livros e trabalhos. Aos seus 80 anos, escreveu um livro de memórias aclamado pela crítica.
  Carl Gustav Jung morreu em 1961, aos 85 anos. 
  O vídeo abaixo é parte de uma entrevista feita com ele na década de 50, onde podemos observar parte do seu pensamento:


  Para quem quiser, segue abaixo dois links com um documentário feito sobre Carl Jung. Ao todo, são 18 minutos e 15 segundos de documentário. Os documentários estão em inglês, mas apresentam legendas.


Textos baseados em:
Biografia de Carl Jung

sábado, 14 de agosto de 2010

A Psicologia Científica

  Na Alemanha no século XIX (1879), o fisiologista Wulhem Wundt cria a Psicologia Científica para tentar estabelecer uma relação entre corpo e mente e para essa relação desenvolve o método da introspecção. A partir disso, surge uma série de psicologias: as Escolas da Psicologia.
  A primeira escola que surge é a Psicologia Estrturalista, nos Estados Unidos por Edward Titehenei, o objeto de estudo é a mente e seu objetivo foi saber como é construido e de que é construido essa mente.
  A segunda escola é a Psicologia Funcionalista, nos Estudos Unidos por Willian James e John Dewey, o abjeto de estudo também é a mente e estuda o funcionamento e as regras que regem a mente.
  Nesa época o movimento Positivismo, uma corrente da filosofia, começou a criticar essa nova ciência. Para eles, tudo para ser ciência deveria ser mensurável e, com isso, quantificável. Então a psicologia não poderia ser considerada ciência segundo os positivistas, pois não é possível quantificar a mente. Diante dessa crítica surge um médico que cria outra escola.
  Essa terceira escola é a Psicologia Behaviorista ou Psicologia Comportamentalista, nos Estados Unidos por John Watson, o objeto de estudo é o comportamento que é possível ser quantificável e com isso a psicologia passa a ser considerada ciência para os posotivistas, o comportamento é externo e observável. Os psicólogos behavioristas são antimentalistas, para eles a mente não existe, o que importa é o comportamento externo e observável.
  A quarta escola é a Psicologia da Gestalt, na Alemanha por Max Wertheimei, Kurk Koffka e Wolfang Kolhei, o abjeto de estudo volta a ser a mente e estudam a percepção da mente.
  A quinta escola é a Psicanálise, na Áustria por Sigmund Freud. Freud estudou a Histeria-uma doença, durante seu estudo ele diviede a mente em duas partes: consciente (querer-princípio a realidade) e inconsciente (desejo-princípio do prazer). Onde a inconsciência determina a consciência. Freud vai estudar o inconsciênte. O que fazemos é determinado pelo inconsciênte e não sabemos o que tme nele, e o sonho é a mainifestação desse inconsciênte.
  A sexta e última escola é a Psicologia Cognitiva, que também estuda a mente, mas a parte da consciência. Nessa época começou a paracer uma nova máquina, o computador (1956). Os psicólogos cognitivos viam a mente humana igual o computador. E a mente, para psicologia cognitiva, é uma matéria constituida de redes neurais. Para eles, a mente tem uma linguagem própria, o mentalês. Além disso, a mente possui duas formas de armazenamento: a memória de curto prazo e a memória de longo prazo. As ciência cognitivas são:
Filosofia, Cibernética, Antropologia, Neurologia, Linguística e Psicologia.
 

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

O Surgimento da Psicologia como Ciência

  Na Idade Média (séc. XV - séc. XIII), René Descartes, na França, surge com uma nova concepção de Homem, a concepção científica. Para ele o Homem é um ser dual, é constituido de duas matérias distintas: corpo e mente. Essa concepção dualística foi chamada de concepção racionalística que deu origem ao movimento: Racionalismo.
  Surge na Inglaterra os empiristas que descordam de Descartes. Os empiristas fazem uma releitura de Aristóteles (Homem, uma tábula rasa), já Descartes faz uma releitura de Sócrates e Platão (mente é nata ao Homem).
  No século XIX, surge Imanuel Kante que diz que nem Descartes nem os empiristas estão certos. Para ele o Homem nasce com a mente, mas ela não serve de nada se não tiver experiência. Faz uma junção das duas concepções.
  Então, é quando, no século XIX, começa o desenvolvimento da Psicologia Científica.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Primeiros Questionamentos sobre o Homem

  Na fase da Psicologia Pré-Científica na Antiguidade Clássica (séc. V a.C.), a psicologia ainda não era considerada ciência, mas já havia um questionamento sobre o Homem. Três filósofos se aprofundaram e discutiram o Homem: Sócrates, Platão e Aristóteles.
  Para Sócrates, o Homem já nasce com um conhecimento, mas não sabe que sabe e disso cria sua famosa frase: " Só sei que nada sei". A partir disso, cria o método dialético em que o Homem precisa buscar alguém que saiba e "arrancar" dele seu conhecimento.
  Já Platão diz que existem dois mundos: o mundo das ideias/das essências e o mundo das aparências/das existências. No mundo da essência, tudo é perfeito e o mundo da existência é uma cópia imperfeita do mundo da essência. Quando saímos do mundo da essência para o mundo das aparências, trazemos todo o conhecimento.
  E segundo Aristóteles, o Homem, quando nasce, é uma tábula rasa, sem conhecimento. Adquire o conhecimento com as experiências que é obtida atravéz dos órgãos do sentido. Atravéz da experiência, cria-se noção de ideias e, da união dessas ideias, cria-se o conhecimento.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

As Fases do Desenvolvimento da Mente do Bebê

Desde o início da vida, o desenvolvimento da mente humana depende da Relação com o Objeto de Desejo, ou seja, o modo com que nós nos relacionamos com os outros e conosco determina a fase do desenvolvimento a qual pertencemos.
As primeiras pessoas com as quais nos relacionamos são, naturalmente, os pais. Essa relação, na maior parte dos casos, se restringe a mãe. Mais tarde é que surge a relação com os pais e os outros companheiros próximos.
  Nos estágios iniciais da vida, a criança não percebe os objetos como tais, e só gradativamente ele destingue os objetos de si mesmo. Todos eles são importantes como fonte de gratificação.
O primeiro objeto da criança é a mãe. Mas ela não surge pra ele como um objeto total no início da vida. Antes disso, a mente da criança vê o seio da mãe, a mão, o rosto, etc., como objetos separados. Somente na última parte do primeiro ano de vida que a relação de objeto contínuo se desenvolve.
Antes da primeira fase do desenvolvimento, existe o período chamado Infantil. Recebe este nome devido ao fato de que as zonas erógenas ainda não atingiram seu papel predominante. Ao nascer, o ser humano traz impulsos inconscientes em busca do prazer, cuja causa é a libido ou energia sexual.
  A primeira fase do desenvolvimento é a Fase Oral. A criança, na fase fetal, já desenvolve o instinto de sucção. Com isso, o bebê acha prazer na sucção do seio materno e sente um vazio quando retira a boca do seio. Seu prazer vem do Inconsciente, tendo o fatos alimentar como um desejo secundário. A criança passa a sugar tudo o que encontra só pelo prazer da sucção. Isso prova que o ato de sugar não é devido a gratificação alimentar, pois a criança pararia de sugar o que quer que fosse, já que obteria leite.
Logo após essa fase Oral, a Zona Erógena, zona geradora do prazer, se "desloca" para o ânus, iniciando a segunda fase do desenvolvimento, a Fase Anal. A mãe, objeto de desejo da criança, passa a estimular o filho a usar o pinico. E, quando a criança faz suas necessidades fisiológicas, a mãe fica feliz. Com isso, a criança associa o fato de que, ao defecar, a mãe fica feliz. Além disso, a criança também sente prazer físico ao "esvaziar" o reto. Outros objetos de prazer da criança nessa fase: brincar com massas, amassar argila, comer coisas cremosas, sujar-se.
  A terceira fase é a Fase Fálica, que acontece por volta dos 3 aos 4 anos de vida. É a fase que inicia a forma final assumida pela vida sexual. A criança passa a sentir prazer na região genital, pelo contato do vento ou da mão de quem realiza sua higiene, ainda que esse prazer seja inconsciente. Nessa fase, a criança já está mais experiente e consegue "unir" em um só objeto todos os "papéis" da mãe.
É na terceira fase também que surge a curiosidade de ver os genitais das outras crianças. A estimulação dos genitais próprios para obtenção do prazer sexual é normal na infância. O menino também sente prazer no dimensionamento do jato de urina, onde nasce a "preocupação" com a competição, com o poder, o desejo de ser mais importante. O menino, então, sofre com o medo de alguma coisa acontecer a este órgão e prezado. O maior medo é o da castração, que se reforça pelo fato de adultos lhe ameaçando de "cortar isto" quando o menino é surpreendido marturbando-se. Além disso, a experiência lhe mostrou que existem criaturas sem pênis: as meninas.
O caso das meninas é a de "inveja" do pênis. Elas reagem à noção de que existem criaturas com pênis e, por isso, pensam tanto que "gostariam de ter isso" como com a ideia de que "já tiveram isso, mas perderam". A menina sente que a posse do pênis traz vantagens erógenas e faz do possuidor mais independente e menos sujeito a frustrações.

Baseado nos sites:
Psicanálise Freudiana - Sexologia : http://fundamentosfreud.vilabol.uol.com.br/sexologia.html
A Psicanálise : http://www.cobra.pages.nom.br/ecp-psicanalise.html