Desde o início da vida, o desenvolvimento da mente humana depende da Relação com o Objeto de Desejo, ou seja, o modo com que nós nos relacionamos com os outros e conosco determina a fase do desenvolvimento a qual pertencemos.
As primeiras pessoas com as quais nos relacionamos são, naturalmente, os pais. Essa relação, na maior parte dos casos, se restringe a mãe. Mais tarde é que surge a relação com os pais e os outros companheiros próximos.
Nos estágios iniciais da vida, a criança não percebe os objetos como tais, e só gradativamente ele destingue os objetos de si mesmo. Todos eles são importantes como fonte de gratificação.
O primeiro objeto da criança é a mãe. Mas ela não surge pra ele como um objeto total no início da vida. Antes disso, a mente da criança vê o seio da mãe, a mão, o rosto, etc., como objetos separados. Somente na última parte do primeiro ano de vida que a relação de objeto contínuo se desenvolve.
Antes da primeira fase do desenvolvimento, existe o período chamado Infantil. Recebe este nome devido ao fato de que as zonas erógenas ainda não atingiram seu papel predominante. Ao nascer, o ser humano traz impulsos inconscientes em busca do prazer, cuja causa é a libido ou energia sexual.
A primeira fase do desenvolvimento é a Fase Oral. A criança, na fase fetal, já desenvolve o instinto de sucção. Com isso, o bebê acha prazer na sucção do seio materno e sente um vazio quando retira a boca do seio. Seu prazer vem do Inconsciente, tendo o fatos alimentar como um desejo secundário. A criança passa a sugar tudo o que encontra só pelo prazer da sucção. Isso prova que o ato de sugar não é devido a gratificação alimentar, pois a criança pararia de sugar o que quer que fosse, já que obteria leite.
Logo após essa fase Oral, a Zona Erógena, zona geradora do prazer, se "desloca" para o ânus, iniciando a segunda fase do desenvolvimento, a Fase Anal. A mãe, objeto de desejo da criança, passa a estimular o filho a usar o pinico. E, quando a criança faz suas necessidades fisiológicas, a mãe fica feliz. Com isso, a criança associa o fato de que, ao defecar, a mãe fica feliz. Além disso, a criança também sente prazer físico ao "esvaziar" o reto. Outros objetos de prazer da criança nessa fase: brincar com massas, amassar argila, comer coisas cremosas, sujar-se.
A terceira fase é a Fase Fálica, que acontece por volta dos 3 aos 4 anos de vida. É a fase que inicia a forma final assumida pela vida sexual. A criança passa a sentir prazer na região genital, pelo contato do vento ou da mão de quem realiza sua higiene, ainda que esse prazer seja inconsciente. Nessa fase, a criança já está mais experiente e consegue "unir" em um só objeto todos os "papéis" da mãe.
É na terceira fase também que surge a curiosidade de ver os genitais das outras crianças. A estimulação dos genitais próprios para obtenção do prazer sexual é normal na infância. O menino também sente prazer no dimensionamento do jato de urina, onde nasce a "preocupação" com a competição, com o poder, o desejo de ser mais importante. O menino, então, sofre com o medo de alguma coisa acontecer a este órgão e prezado. O maior medo é o da castração, que se reforça pelo fato de adultos lhe ameaçando de "cortar isto" quando o menino é surpreendido marturbando-se. Além disso, a experiência lhe mostrou que existem criaturas sem pênis: as meninas.
O caso das meninas é a de "inveja" do pênis. Elas reagem à noção de que existem criaturas com pênis e, por isso, pensam tanto que "gostariam de ter isso" como com a ideia de que "já tiveram isso, mas perderam". A menina sente que a posse do pênis traz vantagens erógenas e faz do possuidor mais independente e menos sujeito a frustrações.
Baseado nos sites:
Psicanálise Freudiana - Sexologia : http://fundamentosfreud.vilabol.uol.com.br/sexologia.html
A Psicanálise : http://www.cobra.pages.nom.br/ecp-psicanalise.html
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